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O I Workshop sobre Internacionalização da UNICAMP ocorreu no Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), em 31 de outubro de 2013 e contou com a presença de vários convidados, cujas mais importantes reflexões são aqui resumidas.

Na abertura do evento, contamos com a presença do Pró-Reitor de Graduação, Prof. Luis A. Magna, da Pró-Reitora de Desenvolvimento Universitário, Profa Teresa Ativars, do Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico Meyer, e a Pró-Reitora de Pós-Graduação, Profa Ítala D’Ottaviano se fez representar pela sua Assessora na VERI, a Profa Eleonora Albano e o Vice-Reitor Executivo de Relações Internacionais, Prof. Luis augusto Barbosa Cortez.

 No momento da abertura cada Pró-Reitor manifestou apoio à Internacionalização da UNICAMP e foram destacados vários aspectos na visão das Pró-Reitorias.

 

O Prof. Luis Alberto Magna relatou sua recente visita às Universidades Norte Americanas ressaltando alguns dos problemas que estamos enfrentando com o programa Ciência sem Fronteiras (CsF):

  • descompasso dos calendários escolares do Brasil e de algumas instituições de ensino norte americanas;

  • falta de controle nosso sobre o destino final dos alunos de intercambio do CsF;            

  • a barreira da língua;

  • convalidação dos créditos obtidos no intercâmbio.

 

A Profa. Tereza Ativars destacou o excessivo enfoque à mobilidade dado pelo governo federal, lembrando que visamos muito mais do que enviar estudantes Brasileiros ao exterior, ponto que foi recorrentemente lembrado por vários dos participantes. Também destacou a importância do conteúdo curricular durante o intercâmbio ressaltando a importância do e-learning, ponto que também foi lembrado em seguidas ocasiões como possível meio facilitador do aprendizado, em particular de línguas estrangeiras.

 

O Prof. Luis Augusto Barbosa Cortez (VRERI), apresentou o cenário da Internacionalização na UNICAMP - do que temos feito em quanto à Internacionalização nos últimos anos. Enfatizou o fato de mais da metade de nossos alunos serem alunos de pós-graduação perfil que, infelizmente não tem tido impacto em melhora da posição de nossa Universidade em diferentes rankings. No entanto, enfatizou a relatividade dos rankings já que, antes de qualquer coisa, o propósito de nossa Universidade deve ser buscar soluções para nosso país, enfocando problemas brasileiros dentro de um mundo global. Ressaltou ainda o papel da Internacionalização na melhoria de alguns cursos que apresentam grande evasão ou despertam pouco interesse dos alunos.  Mostrou que até 2009 vínhamos enviando cerca de 10% de nossos alunos ao exterior e que atualmente, impulsionados pelo CsF, estamos enviando cerca de 20%. Afirmou que o propósito da realização da Workshop é debater os desafios e as perspectivas no campo da Internacionalização, pois até o momento a UNICAMP não possui uma proposta definida e ouvir as experiências brasileiras e estrangeiras nos traria subsídios no sentido de desenvolvermos um plano de ação nesta área.

 

O Prof. Ramiro Jordan, da University of New Mexico (EUA), falou de uma linguagem universal, que chamou de “globish”, enfatizando as ações multiculturais/multilinguais, em particular no ensino on line (MOOCS). Sugeriu a criação de laboratórios remotos, campus remoto e metauniversidades criadas com base na comunicação a distancia. Sugeriu a criação imediata de um escritório virtual, que poderá ser também físico, da UNICAMP no campus da UNM. No dia seguinte, 01/11/2013 – o Prof. Ramiro Jordan conheceu diversos programas que são realizados pela FCM em conjunto com países da África.

 

O Prof. Waldenor Moraes (MEC- Inglês sem Fronteiras), afirmou que a má formação em língua inglesa é um dos principais gargalos para o incremento da Internacionalização das universidades brasileiras e disse não obter ainda um indicador específico sobre essa questão, mas que pelos relatos das universidades membros do programa Ciência sem Fronteiras que esse é o maior problema, pois os alunos não falam inglês. Portanto, o programa Inglês sem Fronteiras vem tentar suprir esta deficiência comprovada. Dados da própria Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] indicam que os estudantes que procuram o Ciência sem Fronteiras não têm domínio do inglês. Explicou que o programa Inglês sem fronteiras foi projetado justamente para dar suporte ao CsF.
 

O Prof. Nilo Nascimento, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostrou que, à semelhança do que acontece com grande parte das Universidades brasileiras, eles também enfrentam um grande “desbalanço” entre o número de estudantes que enviam para o exterior (cerca de 2000/ano) e o número de estudantes que recebem (cerca de 300/ano).

 Ressaltou a importância do investimento da própria universidade nos programas de internacionalização (R$ 1.500.000,00 – que atende aproximadamente 100 alunos em programas de intercâmbio) e a necessidade do acompanhamento individualizado dos alunos. Falou dos programas de duplo-diploma e de cotutela ressaltando as vantagens da cotutela na promoção de agendas de pesquisa de longo prazo, na troca de materiais e métodos de pesquisa e na ligação entre grupos de pesquisa. Ainda falou da importância de apoio logístico para recebermos estrangeiros em nossas Universidades.

 

A Profa Rosa Marino de Brito Meyer, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUCRJ), comentou os esforços que foram feitos em sua instituição para envolver a todos no processo de internacionalização. Mencionou que as diretrizes deste processo foram traçadas graças à convocação de todos para que fosse idealizada uma agenda internacional com diferentes níveis de ação (um núcleo central envolvendo ensino e pesquisa; docentes; discentes; funcionários, com base em uma estrutura administrativa central com apoio de infraestrutura interna). Foram traçados planos com metas e prazos a serem cumpridos a curto, médio e longo prazo. Abordou sobre as disciplinas oferecidas em inglês pelos docentes que foram convencidos pela causa e não por maior remuneração. O que gera a estes docentes que participam integralmente do movimento de Internacionalização é o prestígio acadêmico e o processo de convencimento destes docentes que ministram aulas em inglês é um trabalho de “garimpo”.

 

O Prof. Paulo Franco, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), enfatizou o papel da Universidade no desenvolvimento da sociedade, mostrando o Parque Tecnológico (TECNOPUC) com cerca de 6000 funcionários, incluindo 500 originários da PUCRS. Falou sobre o GINET, Global Innovation Network for Entrepreneurship, programa que já inclui a UNICAMP através do INOVA (Prof Miltom Mori). Também mencionou a rede ECHO da UNM- Health Sciene Center.

O Prof. Carlos Vergani, da Universidade Estadual Paulista – “Júlio de Mesquita” (UNESP), baseou sua apresentação na resposta a três perguntas: porque, como e o que internacionalizar. Respondeu a estas perguntas mostrando que a internacionalização permite fazer melhor o que se faz. Explicou como a UNESP lançou editais para os professores da própria UNESP oferecer cursos em inglês seguindo o modelo europeu do ECTS. Estes editais permitiram o oferecimento de cusros em inglês em 4 áreas que estão atualmente sendo expandidas. Todos estes cursos foram criados como disciplinas de pós-graduação mas são abertas a alunos de graduação. Vários comentários foram feitos sobre a importância de oferecimento de cursos em inglês. A UNESP investe aproximadamente 9 milhões dos recursos orçamentários em Internacionalização e todas informações referente ao Plano de Desenvolvimento Interno da UNESP – Internacionalização, de 2009 a 2019 e que será revisto em 2014 podem ser acessado na página: https://ape.unesp.br/pdi/execucao/lista_metas_programa.php

 

A Dra. Cristina Caldas mostrou a rede PUBBoston e o trabalho da embaixada Brasileira em Boston, ressaltando a importância do Itamaraty no apoio a redes que promovem a integração dos alunos de intercambio brasileiros no exterior, particularmente integrando-os à comunidade  científica e à comunidade empreendedora local.

 

Foi  enfatizado amplamente por todos participantes a importância da UNICAMP associar-se a várias organizações como NAFSA e outras organizações que estão presentes em todos os continentes.

As apresentações estão todas autorizadas a serem disponibilizadas na página da VRERI, em PDF, e já foram entregues ao profissional para que as disponibilize com urgência, pois muitos que participaram ou não participaram da Workshop, enviam emails solicitando o material.

Dentro de alguns dias a gravação será editada e também estará disponível para acesso.

Certificados serão enviados por email a todos os participantes, inclusive aos palestrantes.

 

 

I WORKSHOP SOBRE INTERNACIONALIZAÇÃO –

 

 

RESUMO DAS APRESENTAÇÕES

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